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terça-feira, 22 de março de 2011

Uso do hífen - REGRAS

1. LETRA H
Com qualquer prefixo, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por H:
anti-higiênico, eletro-hidráulico, extra-horário, macro-história, mini-hotel.
Atenção:
Não se usa, no entanto, o hífen em formações que contêm em geral os prefixos des- e in- e nos quais o segundo elemento perdeu o h inicial:
desumano, desumidificar, inábil, inumano, etc.
2.1 VOGAL + VOGAL IGUAL
Deve-se empregar o hífen nas formações em que o prefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento:
Anti-ibérico, contra-almirante, infra-axilar, micro-onda, semi-interno, auto-observação, etc.
Atenção:
Nas formações com o prefixo co-, esse aglutina-se em geral com o segundo elemento mesmo quando iniciado por o:
coobrigação, cooperação, coordenar, etc.
2.2 VOGAL + VOGAL DIFERENTE
O hífen deixa de ser usado quando o prefixo termina em vogal e a segunda palavra começa com vogal diferente:
autoescola, extraoficial, infraestrutura, semianalfabeto, etc.
Então, letras IGUAIS, SEPARA. Letras DIFERENTES, JUNTA.
3. VOGAL, M, N
Emprega-se o hífen nas formações com prefixos circum- ou pan- quando o segundo elemento iniciar por vogal, m ou n (além de h, conforme item 1):
circum-escolar, circum-murado, circum-navegação, pan-africano, pan-americano, pan-mágico, etc.
4.1 VOGAL + S ou R
Quando o prefixo termina em vogal e a segunda palavra começa com S ou R, a consoante é duplicada, e a palavra é grafada sem hífen:
antirracismo, contrarregra, semirreta, ultrassom, etc.
Não se emprega o hífen quando o prefixo termina em vogal e a segunda palavra começa por consoante diferente de “r” ou “s”.
anteprojeto – autopeça – contracheque – extraforte – ultramoderno...
4.2 CONSOANTE+ S ou R
se o prefixo terminar em consoante e a palavra seguinte iniciar por S ou R , a palavra é grafada com hífen
Sub-reino
ab-rogar
sob-roda
# O hífen não deve ser usado quando o prefixo termina em consoante e a segunda palavra começa por vogal ou outra consoante diferente.
hipermercado – hiperacidez - intermunicipal – subemprego – superinteressante – superpopulação...
5. PREFIXO HIPER, INTER E SUPER - (TERMINADOS COM A LETRA R)
Emprega-se o hífen nas formações com prefixos hiper-, inter- e super- se o segundo elemento iniciar por h ou r:
hiper-requintado, inter-resistente, super-revista.
6. PREFIXOS COMUNS
O hífen será mantido com os seguintes prefixos:
pré: pré-vestibular;
pró: pró-reitor;
pós: pós-graduação;
além: além-túmulo;
aquém: aquém-mar;
recém: recém-nascido;
ex: ex-professor;
vice: vice-governador.
6.1Não se usa o hífen diante de “CO-, RE-
Coordenar reedição
Coordenação refazer
Coordenador reescrever
Coobrigar relembrar
Cooperação reutilização
Cooperativa reelaborar
7- Quando o prefixo sob- e sub- se juntar a palavras iniciadas por "r” ( e por B), deve-se usar o hífen. Veja alguns exemplos:

  • Sob-roda
  • Sob-rogar
  • Sob-rojar
    • sub- região
    • sub- reitor
    Assim, não se usa hífen, por exemplo, nas palavras:
    • Sobalçar
    • Sobgrave
    • Sobnegar
    • Sobpé
    • subdiretor
    8- Não se usa o hífen na formação de palavras com não equase. Exemplos:
    (acordo de) não agressão
    (isto é um) quase delito

    A – Nos compostos
    Emprega-se o hífen nos compostos sem elemento de ligação quando o 1º termo, por extenso ou reduzido, está representado por forma substantiva, adjetiva, numeral ou verbal:
    ano-luz, boa-fé, decreto-lei, joão-ninguém, luso-africano, mesa-redonda, porta-aviões, porta-retrato, primeiro-ministro, tenente-coronel, vaga-lume.
    Obs.: com o passar do tempo, alguns compostos perderam em certa medida, a noção de composição. Passaram a se escrever aglutinadamente: girassol, madressilva, pontapé, mandachuva, paraquedas, paraquedistas e afins, paraquedismo, paraquedista.
    Serão hifenizados elementos repetidos, com ou sem alternância vocálica ou consonântica, do tipo blá-blá-blá, reco-reco, lenga-lenga, zum-zum, zás-trás, zigue-zague, pingue-pongue, tico-tico, trouxe-mouche.
    Obs.: serão escritos com hífen os compostos entre cujos elementos há o emprego do apóstrofo: mestre-d'armas, mãe-d'água, olho-d'água.
    Emprega-se o hífen nos compostos sem elemento de ligação quando o elemento está representado pelas formas aquém, além, recém, bem e sem:
    além-mar, aquém-mar, bem-aventurado, bem-criado, bem-ditoso, bem-estar, bem-humorado, recém-casado, recém-eleito, sem-cerimônia, sem-número, sem-vergonha.
    Obs.: em muitos compostos o advérbio bem aparece aglutinado ao segundo elemento, quer este tenha ou não a vida à parte: benfazejo, benfeito, benfeitor, benquerença e afins: benfeitoria, benquisto, benquerer, benquistar.
    Emprega-se o hífen nos compostos sem elemento de ligação quando o 1º elemento está representado pela forma mal e o 2º elemento começa por vogal, h ou l:
    mal-estar, mal-humorado, mal-afortunado, mal-limpo.
    # Diante do advérbio “mal”, quando a segunda palavra começar por consoante, não se emprega o hífen.
    malfalado – malgovernado – malpassado – maltratado – malvestido...
    Obs.: quando mal se aplica a doença, grafa-se com hífen: mal-francês (= sífilis)
    Emprega-se hífen nos nomes geográficos compostos pelas formas grã, grão, ou por forma verbal ou, ainda, naqueles ligados por artigos:
    Abre-Campo, Baía-de-Todos-os-Santos, Grã-Bretanha, Grão-Pará, Trás-os-Montes
    Obs.: os outros nomes geográficos compostos escrevem-se com os elementos separados, sem o hífen: América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde. Guiné-Bissau é, contudo, uma exceção consagrada pelo uso.
    Serão hifenizados os gentílicos derivados de topônimos compostos grafados ou não com elementos de ligação: belo-horizontino, mato-grossense-do-sul.
    Emprega-se o hífen nos compostos que designam espécies botânicas, zoológicas e afins, estejam ou não ligados por preposição ou qualquer outro elemento:
    abóbora-menina, bem-me-quer (mas malmequer), bênção-de-deus, couve-flor, erva-doce, erva-do-chá, ervilha-de-cheiro, fava-de-santo-inácio, feijão-verde.
    Obs.: os compostos que designam espécies botânicas e zoológicas grafados com hífen pela norma acima não serão hifenizados quando tiverem aplicação diferente dessas espécies: bola-de-neve (arbusto europeu) e bola de neve (aquilo que toma vulto rapidamente).
    B - Nas locuções
    Não se emprega o hífen nas locuções, sejam elas substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais, salvo algumas exceções já consagradas pelo uso (como é o caso de água-de-colônia, arco-da-velha, côr-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa).
    Sirvam-se, pois, de exemplo sem hífen as seguintes locuções:
    a) substantivas: cão de guarda, fim de semana, sala de jantar, pau a pique, alma danada, boca de fogo, burro de carga, juiz de paz, oficial de dia, general de divisão, folha de flandres, camisa de vênus, ponto e vírgula, calcanhar de aquiles, fogo de santelmo, cafundó de judas, arco e flecha, comum de dois.
    b) adjetivas: cor de açafrão, cor de café com leite, cor de vinho, à toa, sem fim (dúvidas sem fim), às direitas (pessoas às direitas), tuta e meia.
    c) pronominais: cada um, ele próprio, nós mesmos, quem quer que seja.
    d) adverbiais: à parte (note-se o substantivo aparte), à vontade, de mais (locução que se contrapõe a de menos; note-se demais, advérbio, conjunção etc.), depois de amanhã, em cima, por isso, à toa, tão somente, a olhos vistos, de repente.
    e) prepositivas: abaixo de, acerca de, acima de, a fim de, a par de, à parte de, apesar de, aquando de, debaixo de, enquanto a, por baixo de, por cima de, quanto a.
    f) conjuncionais: a fim de que, ao passo que, contanto que, logo que, por conseguinte, visto que.
    Obs.: Expressões com valor de substantivo, do tipo de deus nos acuda, salve-se quem puder, um faz de contas, um disse me disse, um maria vai com as outras (sem vontade própria ou teleguiado), bumba meu boi, tomara que caia. Pelo espírito do Acordo, tais unidades fraseológicas devem ser grafadas sem hífen.
    Da mesma forma são usadas sem hífen locuções como: à toa (adjetivo e advérbio), arco e flecha, calcanhar de aquiles, general de divisão, tão somente, ponto e vírgula.
    Agora vamos praticar:
    1 – Marque a opção incorreta:a) pan-telegrafia;
    b) pan-helenismo;
    c) pan-islâmico;
    d) pan-mágico;
    e) pan-negro.

    2 – Identifique a alternativa em que o hífen foi indevidamente usado:
    a) circum-meridiano;
    b) circum-hospitalar;
    c) circum-escolar;
    d) circum-navegação;
    e) circum-polaridade.

    3 – Assinale a opção incorreta:a) inter-humano;
    b) inter-hemisférico;
    c) inter-relacionar;
    d) interrelacionar;
    e) intersocial.

    4 – Marque a opção em que o hífen foi indevidamente usado:a) hiper-hepático;
    b) hiper-emotivo;
    c) hiper-realismo;
    d) hipertireoidismo;
    e) hipersensibilidade.

    5 – Marque a opção incorreta:a) inter-humano;
    b) inter-hemisférico;
    c) inter-relacionar;
    d) interrelacionar;
    e) intersocial.

    6 – Marque a opção incorreta:
    a) sobescavar;
    b) sob-saia;
    c) sobpesar;
    d) sobpor;
    e) sob-roda.

    7 – Marque a opção incorreta:
    a) sub-bosque;
    b) sub-humano;
    c) sub-reitor;
    d) subdiretor;
    e) sub-epidérmico.

    8 – Identifique a alternativa em que há erro de ortografia:a) mandachuva;
    b) salário-família;
    c) vagalumear;
    d) vaga-lume;
    e) bóia-fria.

    9 – Os prefixos que são seguidos de hífen quando o segundo termo da palavra
    composta inicia-se com h, m, n ou vogal são:a) hiper-, inter- e super-;
    b) circum- e pan-;
    c) sub- e sob-;
    d) ab- e ob-;
    e) recém- e aquém-.




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