Predicado: é o que se afirma sobre o sujeito.
Exemplo:
A pequena criança
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me contou a novidade com alegria no olhar.
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Sujeito
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Predicado
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Para ajudar a localizar o sujeito há três critérios:
• Concordância: o verbo está sempre na mesma pessoa e número que o seu sujeito;
• Posição: normalmente, o sujeito precede o verbo e, mesmo que venha depois, pode ser transposto naturalmente para antes;
• Permutação: quando o núcleo do sujeito é um substantivo, pode ser permutado pelos pronomes ele, ela, eles, elas.
Tipos de sujeito
• Sujeito determinado: ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem:
- reconhecer que existe um elemento ao qual o predicado se refere;
- indicar quem é esse elemento.
Exemplo: A carrocinha levou meu cachorro.
O sujeito determinado pode ainda ser subclassificado como:
Sujeito determinado simples: aquele que tem apenas um núcleo.
Exemplo: A mãe levantou-se aborrecida.
Sujeito determinado composto: aquele que tem mais de um núcleo.
Exemplo: Arroz e feijão não saíam de nossos pratos.
O sujeito determinado pode não ocorrer explícito na oração. Há quem costume classificá-lo como:
- sujeito determinado implícito na desinência verbal;
- sujeito elíptico;
- sujeito oculto;
Exemplo: Vou ao cinema na sessão das dez.
(sujeito = eu – implícito na desinência verbal)
• Sujeito indeterminado: ocorre quando a terminação do verbo e o contexto permitem reconhecer que:
- existe um elemento ao qual o predicado se refere, mas
- não é possível identificar quem é, nem quantos são esses elementos.
Exemplo: Chegaram da festa tarde demais.
Há duas maneiras de se indeterminar o sujeito:
- pode-se colocar o verbo na terceira pessoa do plural, sem referência a nenhum antecedente;
Exemplo: Dizem péssimas coisas sobre você.
ASSALTARAM O BANCO
- justapondo-se o pronome se – índice de indeterminação do sujeito – ao verbo INTRANSITIVO, TRANSITIVO INDIRETO OU TRANSITIVO DIRETO PREPOSICIONADO na terceira pessoa do singular.
Exemplo: Precisa-se de balconista.
Exemplo: A sua família não te respeita. Dizem péssimas coisas sobre você.
* É preciso não confundir a classificação do sujeito em frases aparentemente equivalentes como as que seguem:
Exemplos: Discutiu-se o fato.
Discordou-se do fato.
Na primeira, o sujeito é determinado; na segunda é indeterminado.
Para compreender a diferença entre um caso e outro, é preciso levar em conta que o pronome se pode funcionar como:
• Partícula apassivadora: nesse caso, sempre há na frase um sujeito determinado;
• Índice de indeterminação do sujeito: nesse caso, o sujeito é indeterminado.
Se – Partícula apassivadora
Quando o pronome se funciona como partícula apassivadora, ocorre a seguinte estrutura:
• Verbo na terceira pessoa (singular e plural)
• Pronome se;
• Um substantivo (ou palavra equivalente) não precedido de preposição;
• É possível a transformação na voz passiva com o verbo ser (voz passiva analítica).
Exemplo:
Contou
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se
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a história.
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verbo na 3ª pessoa
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pronome
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substantivo sem preposição.
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Transformação:
Foi contada | a história. |
voz passiva analítica (com o verbo ser) |
A análise da frase anterior será então a seguinte:
Contou
|
se
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a história.
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Voz passiva sintética ou pronominal
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partícula apassivadora
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sujeito determinado simples
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Se – Índice de indeterminação do sujeito
Quando o pronome se funciona como índice de indeterminação do sujeito, ocorre esta estrutura:
• Verbo na terceira pessoa do singular;
• Pronome se;
• Não ocorre um substantivo sem preposição que possa ser colocado como sujeito do verbo na voz passiva analítica.
Exemplo:
Falou-
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se
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da história.
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verbo na 3ª pessoa do singular
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pronome
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substantivo com preposição
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Transformação na voz passiva analítica – não é possível. A frase terá então a seguinte análise:
?
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falou
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se
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da história
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sujeito indeterminado
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verbo na voz ativa
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índice de indeterminação do sujeito
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objeto
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Partícula apassivadora: acompanha verbo transitivo direto e serve para indicar que a frase está na voz passiva sintética. Para comprovar, pode-se colocar a frase na voz passiva analítica, como está feito abaixo.
- Fazem-se unhas. (voz passiva analítica: Unhas são feitas)
- Alugam-se casas e apartamentos. (casas e apartamentos são alugados)
Índice de Indeterminação do Sujeito: vem acompanhando um verbo transitivo indireto, um verbo intransitivo (sem sujeito claro), um verbo de ligação ou um transitivo direto, em casos de objeto direto preposicionado. Serve para indicar que o Sujeito da oração é indeterminado. A voz é ativa. Neste caso, caso seja feita a tentativa, não é possível pôr a oração na voz passiva analítica.
- Necessita-se de voluntários para o hospital. (VTI)
- Neste lugar se é tratado como um animal. (VL)
- Ainda se corre o risco de perder o oxigênio. (VI)
- Ama-se a Deus. (VTD)
Exemplo: Choveu durante o dia.
O verbo que não tem sujeito chama-se impessoal e os verbos impessoais mais comuns são os seguintes:
- haver: no sentido de existir, acontecer e na indicação de tempo passado.
Exemplo: Houve poucas reclamações.
- fazer: na indicação de tempo passado e de fenômenos da natureza.
Exemplo: Faz dois anos que te perdi.
- ser: na indicação de tempo e distância.
Exemplo: É dia.
- todos os verbos que indicam fenômenos da natureza;
Exemplo: Nevou durante a madrugada.
Choveu muito durante o dia.
Predicado Nominal
Predicado nominal é o predicado que apresenta um nome como núcleo significativo. Os predicados nominais são formados com a presença de um verbo de ligação mais um predicativo.
Exemplos:
Ele está só, Os dias permanecem os mesmos;
Ficamos muito bem por aqui;
Isto parece uma grande mentira.
Predicado Verbal
Predicado verbal é o predicado que apresenta um verbo como núcleo significativo. Os predicados verbais são formados com a presença de verbos transitivos e intransitivos.
Exemplos:
O escritor criou seu universo fictício;
João deu asas à imaginação;
Assim que o trem parou, os passageiros desceram.
Predicado Verbo-Nominal
Predicado verbo-nominal é o predicado que apresenta um verbo e um predicativo como núcleos de significação.
Exemplos:
Magda abriu o pacote, surpresa;
E então, o rapaz perguntou ao mestre, aflito.
Predicativo do Objeto
Predicativo do objeto é um agente modificador do objeto. Esse predicativo ocorre apenas nos predicados verbo-nominais.
Exemplos: Os incidentes constantes o tornaram insensível;
Encontraram a criança fatigada e triste
DIFERENÇA ENTRE PREDICATIVO DO OBJETO E ADJUNTO ADNOMINAL
Como fazer para diferenciar um do outro na hora da prova?
Perceba que "nulos" se refere a "as provas e os depoimentos". Como esse sintagma exerce na oração a função sintática de OBJETO DIRETO, o adjetivo "nulos" exerce a função de "PREDICATIVO DO OBJETO DIRETO".
Mas o que é predicativo do objeto?
Predicativo é a função exercida por um substantivo ou adjetivo (classes gramaticais) que atribui a uma outra qualidade ou estado.O que difere o PREDICATIVO DO OBJETO da outra função sintática – ADJUNTO ADNOMINAL – é o fato de que, como esta segunda denominação indica, o adjunto vem junto ao nome para atribuir a ele uma característica. O adjunto adnominal é um TERMO ACESSÓRIO (dispensável), enquanto que o PREDICATIVO é um termo INTEGRANTE da oração.
Perceba que eu não poderia omitir a informação "nulos" no período – O promotor considerou as provas e os depoimentos ... – iria ficar faltando alguma coisa.
Basta tentar substituir o complemento por um pronome correspondente.
Vamos substituir os dois substantivos que exercem a função de objeto direto por um pronome :
O promotor considerou-as (as provas) NULAS.
(O predicativo não fez parte da substituição)
O mesmo não ocorre se a função fosse a de ADJUNTO ADNOMINAL. Exemplo:
O promotor proferiu decisões nulas ->> O promotou proferiu-as
(Agora o adjetivo acompanhou o substantivo na substituição.)
- Transitivo: É o verbo considerado de sentido incompleto, que exige complemento que lhe integre o sentido.
- Transitivo direto: é aquele que vem acompanhado de um objeto sem preposição obrigatória (objeto direto ou objeto direto preposicionado).
O exemplo traz um verbo transitivo direto, pois o verbo comprar exige complemento para inteirar seu sentido. Quando se compra, compra-se obrigatoriamente algo.
O complemento do verbo é chamado de ‘objeto’, quando esse objeto é ligado ao verbo sem intervenção de uma preposição é chamado de ‘objeto direto’, assim o verbo torna-se ‘verbo transitivo direto’.
Ex: Os filhos devem obedecer aos pais.
transitivo indireto objeto indireto (preposição obrigatória)
O exemplo traz um verbo que requer complemento para integrar seu sentido, pois quem ‘obedece’, obedece, necessariamente, a alguém ou algo. Esse complemento ligado ao verbo com a intervenção de uma preposição é chamado de ‘objeto indireto’.
- Transitivo direto e indireto: aquele que vem acompanhado de um objeto sem preposição (objeto direto) e de um objeto com preposição (objeto indireto).
Ex: O jornal dedicou uma página ao episódio.
verbo transitivo objeto direto objeto indireto
direto e indireto
Ex: A criança dorme.
- Verbo de ligação: É aquele que serve para estabelecer certo tipo de relação entre um atributo do sujeito e o sujeito, sempre com significado de estado ou mudança de estado.
Ex: O bebê é calmo.
sujeito verbo de ligação atributo do sujeito
estado permanente
O bebê está calmo.
sujeito verbo de ligação atributo do sujeito
estado transitório
O bebê ficou calmo.
sujeito verbo de ligação atributo do sujeito
mudança de estado
Abri | os braços | ao vê-lo. |
Objeto Direto |
Não desobedeço | a meus pais. |
Objeto Indireto |
Preciso | de ajuda. (Preposição clara "de") |
Objeto Indireto |
Enviei-lhe | um recado. | (Enviei a ele - a preposição a está subentendida) |
Objeto Indireto |
Entregaram à mãe o presente. (à = "a" preposição + "a" artigo definido)
A todas vocês, eu já lhes forneci o pagamento mensal. (Objeto Indireto)
Eu a encontrei no quarto. (OD)
Vou avisá-lo.(OD)
Eu lhe pagarei um sorvete.(OI)
substantivo complemento nominal
adjetivo complemento nominal
advérbio complemento nominal
Saiba que:
O complemento nominal representa o recebedor, o paciente, o alvo da declaração expressa por um nome. É regido pelas mesmas preposições do objeto indireto. Difere deste apenas porque, em vez de complementar verbos, complementa nomes (substantivos, adjetivos) e alguns advérbios em -mente.
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Sujeito Verbo Agente da
Paciente Voz Passiva Passiva
Este livro foi escrito por mim. (pronome)
O poeta inovador | enviou | dois longos trabalhos | ao seu amigo de infância. |
Sujeito | Núcleo do Predicado Verbal | Objeto Direto | Objeto Indireto |
Saiba que:
A percepção de que o adjunto adnominal é sempre parte de um outro termo sintático que tem como núcleo um substantivo é importante para diferenciá-lo do predicativo do objeto. O predicativo do objeto é um termo que se liga ao objeto por intermédio de um verbo. Portanto, se substituirmos o núcleo do objeto por um pronome, o predicativo permanecerá na oração, pois é um termo que se refere ao objeto, mas não faz parte dele. Observe:
Nessa oração, perplexos é predicativo do objeto direto (seus amigos). Se substituíssemos esse objeto direto por um pronome pessoal, obteríamos:
Note que perplexos se refere ao objeto, mas não faz parte dele.
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Quando o adjunto não é iniciado por preposição, é tranquilo, não existe a confusão complemento/adjunto.
Mas, quando é, surgem os casos em que o aluno tem dificuldade para distinguir esses dois termos.
Para não ter essa dificuldade, o estudante tem de ficar atento às diferenças entre o complemento nominal e o adjunto adnominal.
SEGUNDA DIFERENÇA: o complemento nominal tem sentido passivo, ou seja, recebe a ação expressa pelo nome a que se liga; o adjunto tem sentido ativo, isto é, ele pratica a ação expressa pelo substantivo modificado por ele.
TERCEIRA DIFERENÇA: o complemento não expressa ideia de posse; o adjunto frequentemente indica posse.
Vamos agora praticar essa teoria: “As casas de madeira são ótimas no inverno".
“De madeira” é complemento nominal ou adjunto?
Lembra-se do que dissemos na “primeira diferença”? O complemento nominal se liga exclusivamente a substantivos abstratos.
“De madeira” está modificando um substantivo concreto, “casas”.
Logo, “de madeira” é adjunto adnominal.
Vocativo
Senhor presidente, queremos nossos direitos!
Vocativo
A vida, minha amada, é feita de escolhas.
Vocativo
Olá professora, a senhora está muito elegante hoje!
Eh! Gente, temos que estudar mais.
A rua Augusta está muito longe do rio São Francisco.